segunda-feira, 17 de maio de 2010

4) - Confluência - Distúrbios de Contato

No relacionamento afetivo pode-se observar a atuação desse mecanismo, quando um ou ambos os parceiros exigem as semelhanças e não toleram as diferenças entre eles. O nós prevalece em detrimento do eu e do você. A relação apresenta características simbióticas e de dependência mútua. Para a pessoa que conflui, o afastamento do outro é normalmente sentido como ameaça. As diferenças que poderiam se manifestar no pensamento, nas atitudes, nos comportamentos e sentimentos são "boicotadas" ou camufladas nas relações. Quem conflui exige que o parceiro só se sinta feliz ao seu lado, que não necessite de muito contato com outras pessoas e que o inclua em suas atividades.
Por não se dar conta das próprias necessidades, emoções e sentimentos, a pessoa confluente mistura-se com o outro, e não é capaz de identificar as diferenças. Dessa maneira, ela não cresce e não permite que o parceiro cresça. Quando há confluência recíproca na relação a união pode ser duradoura, mas no momento em que um dos parceiros retornar ao curso do crescimento pessoal, o relacionamento poderá se romper. O casal confluente é muitas vezes confundido com um casal unido e amoroso, porém, na realidade, os parceiros não estabelecem um vínculo de amor, e sim de dependência recíproca.

Lembre-se, o amor envolve um relacionamento entre seres maduros e diferenciados que não estejam misturados ou "colados" um no outro.

Nenhum comentário: